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Os idosos do abrigo Dom Pedro II comemoraram, nesta segunda-feira (30), 131 anos de fundação da instituição. A programação do dia envolveu muita música, dança e até um almoço especial com direito a torta de chocolate. Era 11h30 quando a dona Francisca Batista, 73 cantarolava de um lado para outro, só aguardando o início dos festejos. “Estou no céu e não sabia. Todo mundo trata a gente com muito carinho”, disse ela, que mora no abrigo há pelo menos dois anos.

O começo do evento foi marcado por uma apresentação de samba de raiz, que contou com a participação de idosos do próprio abrigo. O repertório só aquecia a fome para o delicioso cardápio preparado para a ocasião: bife à parmegiana de frango e carne, saladas variadas e batatinha gratinada.

Esta foi a primeira festa de aniversário que o abrigo centenário sediou em novo endereço, já que o espaço foi transferido do bairro da Boa Viagem até a Rua Juiz Orlando de Melo (Piatã) no final de junho. “Pensamos que eles iriam sentir a mudança, uma vez que havia idosos que moravam lá há décadas. Pelo contrário, o dia a dia deles tem sido maravilhoso”, afirma a gerente do Dom Pedro II, Valéria Carvalho Brito. Todos os 60 idosos que residiam na unidade da Cidade Baixa foram transferidos para a atual que, segundo eles, é bem mais aconchegante que a antiga.

Administrado pela Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), o Dom Pedro II conta com uma equipe multidisciplinar com 55 profissionais, entre médicos, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros, cuidadores de idosos, técnicos de enfermagem, dentista e assistentes sociais. Além de acompanhamento médico, são oferecidas atividades sociais e de lazer para as pessoas atendidas.

Os assistidos participam de aulas de canto, samba, musicoterapia, biscuit, artesanato. Dia de quinta-feira é o bingo. E às sextas eles estão sendo levados para participar de divertidas atividades na praia de Itapuã. “Aqui ficamos mais próximo deles, dando melhor acolhimento e assistência”, assegura Valéria.

A moradora Lúcia Maria Peçanha, 73, diz que só tem a agradecer por todo o suporte recebido nos últimos quatro anos, quando passou a ter o abrigo como seu lar. “Dou nota mil. Cuidam direitinho da gente. Ganhamos uma estrutura melhor com suítes e ar-condicionado. Cheguei aqui depressiva pois havia acabado de perder dois filhos por conta das drogas. Hoje sinto muita vontade de viver”, revelou.

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