O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente Michel Temer, durante reunião no Planalto no fim de 2016 (Foto: Beto Barata/PR)
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Líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros defende que eleições indiretas seriam a melhor saída para o Brasil. A declaração ocorre dias após a divulgação da delação de um dos donos do grupo JBS, Joesley Batista, que gravou o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

“A saída que mais interessaria ao Brasil hoje seria fazermos uma eleição agora, pelo Congresso Nacional. O mais rapidamente possível eleger o presidente e o vice-presidente da República. Acho que a circunstância coloca muitos nomes que poderiam cumprir seu papel e garantir com isso uma Assembleia Nacional Constituinte em 2018 e eleições gerais”, disse o senador em entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça-feira (23).

Questionado diversas vezes se era a favor da renúncia de Temer, Renan Calheiros disse que defende uma “solução negociada”. O Impeachment, na opinião dele, não seria o mais adequado para o momento.

“A solução seria uma solução negociada, que partisse da necessidade que podemos ter várias saídas. Eu acho que o presidente da República vai compreender o seu papel histórico e colaborar para termos um rápido desfecho”, analisou.

Calheiros afirma que não conversou com o presidente sobre o assunto, desde que as delações foram divulgadas. “Se houver necessidade, faço, sim, por enquanto não houve. É importante todo mundo conversar”, disse.

Já faz alguns meses que Calheiros tem feito críticas públicas a Temer. Na segunda-feira (22), ele gravou um vídeo em que diz que o impeachment não é o melhor caminho. Em abril, chegou a comparar a gestão atual à “seleção do Dunga”, e acrescentou que os brasileiros querem a “seleção do Tite”.

Ao todo, 14 pedidos de impeachment de Michel Temer já foram protocolados na Câmara dos Deputados. Nove foram apresentados após divulgação de conversa com o empresário Joesley Batista. Outros cinco foram protocolados antes da delação do dono da JBS. O número deve aumentar, uma vez que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu apresentar outro pedido nesta semana.

 Fonte: G1