A Prefeitura dá mais um passo na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Salvador. Nesta terça-feira (18), foi realizada mais uma etapa das escutas setoriais para elaboração do plano, na sede da Secretaria de Mobilidade (Semob), em Amaralina. Essas escutas servirão de base para a construção do documento. Estes encontros têm por objetivo ouvir setores da sociedade que possuem expertise em algum desdobramento da mobilidade na capital, abrindo uma discussão ampla e tornando mais democrático o processo de elaboração do plano.
Participaram das escutas de hoje a titular da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, e o especialista em Planejamento de Transportes Rondon Brandão do Valle. As escutas, que seguem até o dia 28 de abril, são apenas a primeira etapa da elaboração do plano, que terá sete fases de execução. A expectativa é que o documento seja concluído em até oito meses.
“A nossa ideia é possibilitar maior transparência possível na discussão do Plano de Mobilidade. Ele mexe com a vida das três milhões de pessoas que vivem nessa cidade. Nós estamos ouvindo a sociedade civil, entidades de classe e vamos ter, posteriormente, as audiências públicas para ouvir a comunidade de uma maneira geral”, explicou o titular da Semob, Fábio Mota.
O Plano de Mobilidade visa estabelecer o planejamento da área para curto, médio e longo prazos, além de estimular o desenvolvimento urbano integrado e sustentável do município em articulação com o PDDU. Até o final deste processo, ainda devem participar da construção do plano instituições como a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), além de entidades ligadas ao meio ambiente.
De acordo com o diretor de Planejamento de Transportes da Semob, Eduardo Leite, o documento também servirá para que sejam definidos os investimentos prioritários no setor. “Terá um foco muito forte na integração da rede multimodal, promovendo a organização dos projetos na área de mobilidade implantados ou em implantação. Então, será promovida uma harmonização do sistema de transporte”, explicou o gestor.
Já participaram das escutas setoriais, que tiveram início dia 11, membros do Departamento de Transportes e Geodésia da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBa), integrantes do Instituto de Arquitetos do Brasil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea), além de estudiosos como o professor Armando Branco e a arquiteta Cristina Aragon.