Durante a pandemia do coronavírus, um antigo inimigo continua preocupando o poder público: o Aedes aegypti. Entre janeiro e maio deste ano, foram notificados cerca de 8.400 casos de dengue, zika e chikungunya em Salvador, um crescimento de 338% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para reduzir a infestação do mosquito transmissor das arboviroses na cidade, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde, ampliou as ações de contingência em todas as regiões da capital, sobretudo, nas localidades prioritárias. Além das atividades de rotina, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) destacou equipes específicas para atender denúncias provenientes do Fala Salvador 156, para o bloqueio espacial com borrifação de inseticida em locais com rumor de surto das doenças, bem como, na abertura de imóveis fechados com auxílio da Guarda Municipal e na atuação nos bairros alvo das restrições regionalizadas com realização de varreduras com apoio de técnicos da Limpurb.
Em 2020, foram atendidas quase 5.000 solicitações do Fala Salvador 156 relacionadas às arboviroses. “Estamos com as equipes de campo mobilizadas para atuação ininterrupta na cidade, inclusive aos finais de semana e feriados. O nosso intuito é dar uma resposta rápida nas localidades onde são identificados surto das doenças com a eliminação imediata dos focos”, explicou Andréa Salvador, coordenadora do CCZ.
Andréa Salvador chama a atenção ainda para importância da população auxiliar o poder público nesse período de pandemia. De acordo com a gestora, entorno de 80% dos focos identificados na cidade, estão em domicílios habitados. Durante o período de pandemia, a situação pode se agravar, uma vez que por orientação do Governo Federal, os agentes de endemias suspenderam as visitas casa a casa para evitar a disseminação do novo coronavírus.
“Historicamente, a grande maioria dos focos do Aedes são encontrados nas casas. Por esse motivo, convocamos toda a população para nos ajudar eliminando locais que possam acumular água parada e, consequentemente, ser um potencial criadouro do mosquito. O cidadão também pode solicitar visitas das equipes em localidades com casos suspeitos das arboviroses através do número 156”, finalizou a gestora.