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A senadora Lídice da Mata  comemorou a rejeição na Comissão de Assuntos Sociais (CAS)  do relatoria da reforma trabalhista, nesta terça-feira (20) e lembrou as atrocidades nele contidas. Ela frisou que o projeto afeta principalmente as trabalhadoras mulheres. Num tom firme, apelou aos senadores  para  não aprovarem o relatório: “ Não manchem suas biografias aprovando essa iniquidade para salvar o mandato de Temer. Esta reforma trabalhista é um estatuto da destruição do valor do trabalho no Brasil, do valor da força de trabalho e do valor do trabalhador brasileiro”, acrescentou.

A senadora também denunciou o uso indevido de recursos públicos pelo governo federal, que editou uma cartilha de “propaganda a favor da reforma, sem que ela (a reforma) seja lei, pois sequer foi votada no plenário do Senado.

Durante os encaminhamentos da votação, Lídice também lembrou que “nenhum apoiador da reforma teve coragem de dizer que o projeto vai melhorar a vida dos trabalhadores”. Ao encaminhar voto contrário ao relatório do projeto  pelo PSB, lembrou que a Executiva Nacional deliberou pela rejeição. E completou: “Este relatório da reforma trabalhista tem requintes de crueldade. Não dá para entender um projeto que prejudica as mulheres, as mães que estão amamentando e os trabalhadores em geral. Só o requinte da perversidade permitirá que mulheres precisem negociar com o patrão seus 30 minutos para amamentar. Ou que os trabalhadores percam seus direitos amplamente conquistados. Na verdade, essa pseudo reforma de Temer vai precarizar ainda mais as relações trabalhistas no País. Por isso, votamos não aqui na CAS”, declarou a senadora baiana.

Ao final dos debates, por 10 votos contrários e nove a favor, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre o projeto da reforma trabalhista (PLC 38/2017). Com a rejeição do relatório, foi colocado em votação e o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS)  aprovado em votação simbólica para constituir o parecer da CAS. Agora, este parecer segue para a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), onde será lido juntamente com o relatório aprovado na semana anterior pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), este outro favorável à reforma.