“O patrimônio público está jogado no lixo”. Essa foi a reação do novo coordenador regional do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), Heraldo Rocha, ao visitar e se deparar com o abandono e as condições deploráveis de dois imóveis de propriedade do órgão federal em Salvador: um grande galpão na Barros Reis e uma casa em São Lázaro na Federação.
Abandono total. Lixo acumulado, instalações elétricas e estrutura física sem nenhuma manutenção e até um morador de rua ocupando a casa onde um dia morou o diretor do Dnocs na Bahia. Hoje toda a direção do órgão está estabelecida no Ceará que, pelo jeito, pouca atenção dá aos outros estados nordestinos.
“É inadmissível essa situação. Já baixei um ato nomeando uma comissão especial de inventário para fazer o levantamento e avaliar a situação de todos os bens móveis e imóveis num prazo de 30 dias. De imediato já tomei providências para a preservação desses patrimônios públicos que encontrei ao léu”, informou o novo coordenador regional do Dnocs.
Na tarde da última terça-feira (20), Heraldo Rocha se reuniu com o prefeito de Salvador, ACM Neto. Na ocasião, pediu o apoio do líder político para a reestruturação e fortalecimento do Dnocs na Bahia. “65% do território baiano está no semiárido. A Bahia não pode prescindir do Dnocs no combate à seca. Neto pode nos ajudar muito com seu prestígio em Brasília”, afirmou.