Facebook
Twitter
Google+
Follow by Email

solos baianos em plataforma-10A comunidade de Alagados poderá assistir de forma gratuita o espetáculo “Solos Baianos” que será apresentado no Centro Cultural Alagados na sexta (19), às 19h e no sábado (20), às 16h, com entrada franca. A mostra de dança contemporânea é uma iniciativa da companhia de formação profissional Balé Jovem de Salvador e reúne, em um único espetáculo, trabalhos inéditos dos renomados coreógrafos Cristina Castro, João Perene, Jorge Alencar, Jorge Silva, Lia Robatto e Mestre King.

A estreia aconteceu no dia 4 de agosto, no Teatro Gregório de Matos, onde o espetáculo foi apresentado até o dia 7 de agosto, de onde seguiu para o Centro Cultural de Plataforma, com apresentações nos dias 12 e 13, sempre com casa lotada.

Projeto Solos Baianos

A iniciativa do bailarino, coreógrafo e diretor da companhia, Matias Santiago, teve como foco reaquecer a cadeia produtiva da dança, promovendo o encontro entre coreógrafos consagrados e jovens bailarinos em ascensão.

A primeira etapa do projeto consistiu na realização de workshops de criação em dança, capitaneados pelos seis coreógrafos convidados, com duração de quatro semanas, destinados ao elenco completo do BJS e também abertos à comunidade. Na etapa seguinte, com base nos resultados obtidos nos workshops, os bailarinos e os coreógrafos sinalizaram com quem gostariam de trabalhar e, a partir da intersecção desses interesses, foram compostas as duplas de solistas para cada montagem.

O resultado da proposta são montagens com referências e expressões diversas, tais quais seus criadores e executores, mas que se interseccionam quando tocam na ambivalência do indivíduo e da Humanidade, nos seus movimentos para dentro e para fora, mitos e estereótipos, debilidades e potências.

Os bailarinos Brisa Carrilho, Clara Boa Sorte, Danillo Queiroz, Edwin Carvalho, Fernanda Cristall, Igor Vogada, Johnny Santos, Luiza Agra, Lukas DiJesus, Matheus Ambrozi, Ruan Wills e Thor Galileo se revezam durante a temporada, o que torna cada apresentação única e diferente.

solos baianos em plataforma-47

Programa

Em A Procura, Mestre King explora a eterna busca humana, a ânsia do encontro com o eu e com a divindade, os cruzamentos entre espiritualidade e religiosidade.

Lia Robatto cria um personagem esquizofrênico, um eco do ego, em Reflexa Cabala, solo executado por dois bailarinos.

Jorge Alencar evoca entidades, (anti) heróis e drags para tratar de superpoderes e vulnerabilidades, mutações e incorporações, nos solos Joohnny em Chamas e Thor.

Lock é uma saudação de João Perene à obra de Édouard Lock, coreógrafo canadense, criador da La La La Human Steps, importante companhia de dança contemporânea que encerrou as atividades em 2015.

Em PSDB – PACTO SOMBRIO DESTRUINDO BRASILEIROS, Jorge Silva toca nas feridas e marcas pessoais e sociais do corpo negro, para tratar de genocídio e estigmatização, de perdas e injustiças.

Cristina Castro parte das turbulências e instabilidades pessoais dos bailarinos, permeadas pela inconstância e vulnerabilidade das relações humanas em um mundo líquido, para compor os solos Muda e Animallis.

O projeto Solos Baianos foi contemplado pelo edital Arte em Toda Parte – Ano III.

SERVIÇO

Onde: Espaço Cultural Alagados

Quando: 19/8, sexta, às 19h; 20/8, sábado, às 16h

Entrada franca

O BJS

Criado em 2007 por Matias Santiago, o Balé Jovem de Salvador é uma companhia de dança juvenil com o propósito de promover a capacitação profissional de bailarinos egressos das escolas e academias da cidade e do interior da Bahia, contribuindo para a promoção dos jovens artistas locais no mercado de trabalho da dança. O BJS também contribui com o desenvolvimento da cena artística local ao promover a qualificação técnica e estética dos novos agentes da dança, no que compete à ampliação da economia criativa e também do público apreciador desta linguagem.

As atividades de formação promovidas pelo BJS consistem em aulas abertas de diferentes técnicas em dança, com grandes professores, parceiros e convidados, nacionais e internacionais, além de ensaios de manutenção de repertório e processos criativos internos, realização de temporadas de espetáculos e também projetos de pesquisa e circulação de trabalhos da companhia.

O BJS já realizou inúmeras apresentações em Salvador (Teatro Sesc-Senac Pelourinho, Teatro Jorge Amado, Espaço Xisto Bahia, Mostra Tabuleiro da Dança, Teatro do ISBA e Teatro Castro Alves) e em cidades do interior do estado da Bahia.

Em 2014, a companhia foi contemplada pelo edital Arte em Toda Parte – Ano I e realizou o Conexão Barroquinha, projeto de criação de novas coreografias e remontagens, realização de workshops e temporada de seis apresentações no Espaço Cultural Barroquinha, em Salvador.

Em 2015, a companhia foi novamente contemplada pelo edital municipal, desta vez para execução do Conexão Bairros, um desdobramento do projeto anterior e que, dessa vez, levou as coreografias para praças públicas dos bairros do Cabula, Cajazeiras, Pirajá e Periperi, em Salvador. No mesmo ano, o BJS estreou Bantu, uma leitura contemporânea do legado dos povos bantos que chegaram ao Brasil e suas contribuições para a gênese brasileira. A montagem estreou em Salvador e foi apresentada em Pelotas (RS).

Também em 2015, o BJS estreou no Teatro Gregório de Mattos, dentro do projeto Cena, Som & Fúria, o espetáculo Na Bahia de SmeTAK, junção de duas obras do repertório do BJS, que propõem o diálogo entre cena e som de maneiras distintas: em Na Bahia, o som das ruas e festas de Salvador gera estados de corpos que interagem com a arquitetura, o espaço e a temperatura da cidade; em TAK, a inventividade musical de Walter Smetak surge como pressuposto para a cena, numa tradução física dos conceitos criados e trabalhados pelo compositor e professor. Em maio de 2016, o espetáculo integrou a programação do projeto Bahias Intemporais, no Cine-Teatro Solar Boa Vista, em Salvador.

Fotos: Ives Padilha

56 – Thor Galileo – Solo “Thor” (coreógrafo: Jorge Alencar)

10 – Edwin Carvalho e Matheus Ambrozi – Solo “Refllexa Cabala” (coreógrafa: Lia Robatto)

26 – Luiza Agra – Solo – “Lock” (coreógrafo: João Perene)

47 – Danillo Queiroz – Solo “Animallis” (coreógrafa: Cristina Castro)

You may also like