A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou, nesse sábado (6) de Carnaval, uma queda de 24% no número de atendimentos relacionados a agressões nos módulos de saúde assistências da Prefeitura, quando comparados ao mesmo dia de folia de 2015. O número de agressões físicas caiu de 163, em 2015, para 124, em 2016. Já a violência causada por armas brancas foi de 60 para 52. Por arma de fogo, caiu de quatro para dos, enquanto as provocadas por agentes químicos tiveram uma redução de dez para uma.
“Em geral, tivemos um aumento de 11% no número de atendimentos, mas é importante ressaltar que esse ano a Prefeitura promoveu mais um dia oficial de Carnaval, que foi a quarta-feira. Mas os dados mostram que tivemos um sábado mais tranqüilo do que no ano passado. Vamos aguardar até o final do Carnaval para fazer um balanço final desse movimento”, disse o secretário municipal da Saúde, José Antônio, em coletiva realizada hoje pela manhã na Sala de Imprensa Oficial do Carnaval. Ele frisou que o número de atendimentos gerais teve uma redução de 3% neste sábado, caindo de 1.114 para 1.081.
Alcoolemia – Os casos de atendimento por intoxicação alcoólica caíram 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, essa ainda é a principal causa das entradas nos módulos de assistência montados pela Prefeitura no Circuito Dodô (Barra/Ondina). Desde a quarta-feira até a manhã desse domingo (7), foram contabilizados 255 casos apenas nessa região: Dodô apresenta 81,5% dos atendimentos, enquanto o circuito Osmar aparece com 17,6% e Batatinha 0,9%.
“A redução no número de casos de intoxicação alcoólica também está associada ao trabalho da nossa Vigilância Sanitária, que vem coibindo a venda de bebidas artesanais como Príncipe Maluco, capeta e outras não autorizadas que possuem componentes estranhos”, declarou o secretário. A exemplo da folia momesca do ano passado, chama atenção a quantidade de mulheres que deram entrada nos módulos de todos os circuitos com o quadro de embriaguês, superando a quantidade de homens com os mesmos sintomas. Do total, 174 pacientes atendidos foram do sexo feminino, contra 139 do sexo masculino.
Os dados reiteram as informações reveladas em uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2011, que colocaram Salvador como a capital brasileira onde mais se consume bebida alcoólica de forma excessiva, além das soteropolitanas serem as mulheres que mais bebem em todo o país. Já os homens da capital baiana ocupam o segundo lugar, atrás apenas dos de Teresina, capital do Piauí. A ingestão de álcool etílico (etanol) é seguida de rápida absorção gastrointestinal, provocando vários níveis de depressão do sistema nervoso central e alterações do comportamento. Altas doses podem levar inclusive ao coma alcoólico.