José Carlos Aleluia
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José Carlos Aleluia
José Carlos Aleluia

“Se já não bastasse o aumento da carga tributária que o governo baiano vem sorrateiramente promovendo nos últimos anos, ainda inventam um jeito de cortar incentivos fiscais a quem está gerando empregos na Bahia”, diz o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) sobre o ambiente desfavorável aos negócios existente no estado.

O parlamentar baiano está preocupado com as manifestações negativas de empresários, como o presidente da Penalty, César Ferreira. Com três fábricas no estado, uma em Itabuna e duas em Itajuípe, o executivo da marca de materiais esportivos anunciou que não pretende realizar mais nenhum investimento, enquanto não tiver o “tratamento devido a quem gera 1,5 mil empregos diretos”.

“A Bahia não está sendo um local para gerar emprego e produzir”, afirma Ferreira criticando a redução dos incentivos fiscais feita pelo governo estadual. “Na Paraíba, onde também temos uma fábrica, não houve isso”. Embora não fale ainda em transferir as unidades fabris para outros estados, o presidente da Penalty admite que vem recebendo propostas vantajosas.

Na fábrica de Itabuna, a Penalty produz três milhões de bolas, volume que representa a maior produção na América Latina. “Nossas bolas são mais vendidas que as da Nike e Adidas juntas”, informa Ferreira, reclamando que, por decisão arbitrária de um auditor do trabalho, a unidade industrial paralisou a produção por cinco dias. “Tivemos um prejuízo de R$ 5 milhões. Só conseguimos retomar a fabricação depois de uma liminar. Não tivemos nenhum suporte do governo estadual”, afirma.

Para Aleluia, as declarações negativas do empresário arranham a imagem da Bahia e dificultam a atração de novas empresas. “Precisamos gerar empregos e o estado deve criar condições para isso, estimulando as empresas existentes e atraindo novas, mas desse jeito fica difícil”. O deputado observa que o governo da Bahia já impôs um expressivo aumento de carga tributária aos contribuintes dos impostos estaduais.

“Além de criação de novas taxas, houve aumentos de impostos que variaram de 7,17% a 80,58%, atingindo o comércio varejista e atacadista, setores de bebidas, cigarros e cosméticos, além da absurda majoração de 75% na alíquota do ITD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação). Para piorar ainda houve corte dos incentivos fiscais”, assinala Aleluia.

Na avaliação do presidente estadual do Democratas, com essa política de escorcha tributária, o governador Rui Costa só está contribuindo para a taxa de mortalidade das empresas e a extinção dos empregos na Bahia. “O IBGE divulgou pesquisa hoje que revela que, no Brasil, seis em cada 10 empresas fecham em menos de cinco anos. Pelo andar da carruagem, na Bahia, daqui a pouco não haverá nenhuma empresa aberta e o desemprego vai chegar a 100%”.