Hoje, 29 de agosto, é o dia escolhido para combater o fumo e com motivos para comemorar, pois Salvador é a capital com o menor índice de tabagismo do Brasil. Isso é fruto do esforço de muitas entidades, como a Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBPT), Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), Comissão Nacional que implantou a Convenção-Quadro para controle do tabaco (CONICQ), Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina e Aliança de Controle do Tabagismo.
Mas muito ainda há de ser feito. O tabagismo fez 100 milhões de vítimas no século XX e há possibilidade de ultrapassar um bilhão no século XXI se medidas não forem adotadas. Ainda morrem seis milhões de pessoas por ano no mundo, sendo o maior número de mortes no Oriente e países pobres com baixa escolaridade. No Brasil, 10% da população são fumantes, mas houve uma queda de quase 40% nos últimos 30 anos, colocando o Brasil como referência no controle da enfermidade. “Mas o fato do cigarro ser vendido licitamente transforma o tabagismo em algo impossível de ser controlado se leis mais duras não forem adotadas para combater esta pandemia crônica”, explica o pneumologista e diretor da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Dr. Guilhardo Fontes.
Os danos causados pelo cigarro não se restringem apenas às doenças. O tabaco traz uma perda coletiva: aos familiares, cofres públicos e ao meio ambiente pois aumenta a poluição ambiental. Existe ainda o tabagismo passivo, que envolve os mais vulneráveis, como crianças e idosos. O tabagismo na gestação e/ou amamentação ocorre em 20% da população com grave risco para a saúde do bebê e para as próximas gerações. Por falta de informações, 70% das grávidas desconhecem os malefícios do cigarro na gestação e amamentação.
Salvador é a capital brasileira com o menor número de fumantes. Para manter essa conquista, explica Dr. Guilhardo Fontes, deve-se adotar sérias medidas de prevenção ao fumo tais como: não permitir que jovens experimentem o fumo, pois 50% dos que experimentam ficam dependentes; elevar progressivamente o preço do cigarro; extinção dos cigarros de sabores; educação continuada nas escolas desde a primeira infância até idade adulta; o respeito à proibição de não vender cigarro a menores de idade; além da fiscalização e proteção permanentes da Lei Anti-Fumo para evitar o tabagismo passivo.
“É importe ficar atento, pois cresce no Brasil e no mundo o número de formas alternativas de uso do tabaco, como cigarro eletrônico com nicotina, e narguilé, contribuindo para aumentar o número de dependentes. A ANVISA não liberou a venda de cigarros eletrônicos”, conclui Dr. Guilhardo.
Assessoria de Comunicação ABM